Lutas sangrentas entre brancos e índios; aldeias inteiras passadas ao fio da espada. Assaltos, embustes, emboscadas: há sangue nas trilhas. Um momento entre a cruz e o arcabuz. Duelos em ruas enlameadas: caçadores de homens, foras-da-lei e mestiços renegados apresentam suas armas. Tesouros escondidos, juras de sangue, ouro e maldição - sim, amigos, o Brasil teve o seu faroeste! Muito antes, e com muito mais ação, do que nos Estados Unidos. O que o Brasil teve foi uma indústria como a de Hollywood para produzir mitologia a partir da própria história. Mas você tem nas mãos o embrião do projeto: A Muralha, minissérie produzida e exibida ela TV Globo no ano do quinto centenário do descobrimento do Brasil, desbrava o caminho e aponta a direção: faz a mistura fina entre ação, reflexão e entretenimento. Eis a história, outra vez ao ar livre.Escrita por Maria Adelaide Amaral, inspirada no livro homônimo que Dinah Silveira de Queiroz (1910-1982) publicou em 1954, A Muralha, dirigida por Denise Saraceni, mergulha nos primórdios do século XVI e nos conduz ao coração das trevas de São Paulo de Piratininga, a capital dos terríveis bandeirantes. Um épico vigoroso sobre o nascimento de uma nação, com toda paixão, fulgor e sangue sobre os quais nunca nos falaram na escola.