terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Le Temps qui Reste (O Tempo que Resta)

François Ozon traz em ''O Tempo Que Resta'' o segundo filme da trilogia que projetou trabalhar a morte em diferentes âmbitos. Depois de ''Sob a Areia'', o resultado da franquia é uma sincera história que esquece o melodrama e procura enxugar todos os desejos e sentimentos de um rapaz em estado terminal. Protagonizado por Melvil Poupaud, conta a história de um fotógrafo de moda em ascensão que vive uma vida aparentemente estável com seu namorado Sasha, dividindo o mesmo teto. Durante um de seus ensaios, Romain desmaia e, ao ser levado ao médico, acaba descobrindo que possui um tipo de câncer em estado terminal. Abdicando do seu trabalho, do seu namorado e tentando resolver-se com a família, Romain começa um verdadeiro trajeto em busca da aceitação da morte e é surpreendido quando um casal, cujo marido é estéril, solicita a sua ajuda para engravidar a esposa e, assim, deixar um descendente. Mesmo envolto de tanta secura na forma de conduzir sua película, Ozon apela para a sensualidade nas cenas de sexo, tanto de Romain com o namorado, quanto com a garçonete (e seu marido) e traz boas abordagens em relação à mortalidade e faz uma reflexão interessante ao que fazemos de nossas vidas.